Engana-se quem pensa que a ação contra a governadora Roseana Sarney (PMDB) começará no Tribunal Regional Eleitoral. Na verdade, a ação foi protocolada no Maranhão apenas como preparatória para o encaminhamento ao TSE, já que se trata de Ação contra Diplomação.
O processo contra Roseana é uma cópia fiel da ação movida pelo grupo Sarney contra Jackson Lago (PDT), em 2006. Os mesmos argumentos, a mesma linguagem, as mesmas citações.
Movida pelo Ministério Público Eleitoral e, individualmente, pelo ex-governador José Reinaldo Tavares (PSB), é instrumentalizada pelo PCdoB e PSB e também pelo deputado federal Flávio Dino (PCdoB).
A única diferença em relação à Ação que apeou Jackson do poder, em 2009, é que a nova ação cita exatamente os votos dos ministros Carlos Ayres Brito e Eros Grau como embasamento para o pedido de cassação do diploma de Roseana Sarney.
Outra diferença básica deste novo processo: ao contrário das lideranças jackistas, que ignoraram e até desdenharam da ação de 2006, os membros do grupo Sarney estão atentos à tramitação do processo e na contra-argumentação na Justiça Eleitoral.